Simples Nacional, Lucro Presumido ou Real? Qual regime escolher na hora de abrir (ou mudar) sua empresa
O regime tributário errado pode frear sua startup. Veja como evitar essa armadilha.
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O regime tributário errado pode frear sua startup. Veja como evitar essa armadilha.
Tempo de leitura: minAbrir uma empresa envolve uma série de decisões estratégicas. Uma das mais importantes, e muitas vezes subestimada, é a escolha do regime tributário. Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real: cada modelo tem impacto direto na carga de impostos, na burocracia e na saúde financeira do negócio. E para startups e empresas de tecnologia, esse impacto pode ser decisivo.
Se você está começando agora ou está em fase de crescimento, entender a diferença entre os regimes é o primeiro passo para evitar surpresas fiscais. O Simples Nacional, por exemplo, é popular por reunir impostos em uma única guia e simplificar obrigações. Mas ele nem sempre é a melhor escolha para empresas de tecnologia, especialmente quando o faturamento começa a crescer.
O Simples Nacional é uma escolha comum entre empresas nascentes por reunir diversos tributos em uma única guia e simplificar a burocracia. Para negócios de tecnologia, ele pode ser vantajoso, especialmente quando a folha de pagamento representa mais de 28% do faturamento. Nesse caso, o Fator R permite alíquotas mais baixas.
No entanto, o Simples tem um teto de faturamento (R$ 4,8 milhões/ano) e algumas atividades podem ser desenquadradas ou pagar alíquotas maiores, mesmo dentro do regime. É uma opção interessante para começar, mas exige atenção constante à evolução do negócio.
O Lucro Presumido pode ser vantajoso para empresas que têm margens de lucro elevadas e uma estrutura de custos enxuta. A tributação é baseada em uma margem presumida de lucro (independentemente do resultado real), o que traz previsibilidade e simplicidade nos cálculos.
Por outro lado, ele não permite deduzir muitas despesas, o que pode gerar desvantagens em negócios que investem fortemente em desenvolvimento, marketing ou equipe técnica. Startups com custos operacionais relevantes devem fazer as contas com cuidado.
O Lucro Real é obrigatório para empresas com faturamento muito alto, mas também pode ser uma escolha estratégica. Nele, os tributos são calculados com base no lucro efetivo da empresa, o que pode reduzir a carga tributária em períodos com maior investimento ou menores lucros. Apesar da complexidade maior nas obrigações acessórias e na contabilidade, o Lucro Real permite aproveitamento de prejuízos, abatimento de despesas e acesso a incentivos fiscais, algo relevante para startups que investem em inovação e P&D, por exemplo.
O erro mais comum é manter o regime original sem revisar a estratégia conforme o negócio evolui. Uma startup que nasceu no Simples pode economizar muito migrando para outro modelo no momento certo. A escolha errada, por outro lado, pode significar pagar mais imposto do que o necessário ou até ficar fora de linhas de crédito e investimentos. Por isso, nossa recomendação é clara: trate o planejamento tributário como parte do plano de crescimento. Escolher (ou revisar) o regime com apoio de especialistas permite alinhar a estrutura fiscal ao momento da empresa, e evita que um detalhe burocrático atrapalhe a escalada do seu negócio. Na Simples Já, ajudamos empresas de tecnologia desde o primeiro CNPJ até a revisão fiscal na fase de escala. Se você quer ter certeza de que está no regime certo, e pagar apenas o que for justo, fale com a gente. Seu próximo passo pode ser mais estratégico (e econômico) do que você imagina.