Câmbio, impostos e internacionalização: o que muda para startups que querem expandir em 2025
Gestão e Negócios

Câmbio, impostos e internacionalização: o que muda para startups que querem expandir em 2025

Quer crescer para fora? Prepare seu caixa e entenda o impacto fiscal antes de converter o sonho em dólar.

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Expandir a operação para fora do Brasil é o sonho de muitas startups, mas também é um movimento que exige atenção especial à área fiscal e contábil. Em 2025, mudanças cambiais e tributárias prometem alterar significativamente o cenário para quem busca clientes, parceiros ou faturamento internacional.

A primeira variável a considerar é a cotação do dólar, que afeta diretamente custos de operação internacional e a receita convertida em reais. Um dólar instável pode dificultar a precificação de serviços, comprometer margens de lucro e exigir reservas de emergência no caixa.

Para quem exporta serviços ou recebe investimentos estrangeiros, a variação cambial impacta tanto o planejamento financeiro quanto a apresentação de resultados. Contar com uma contabilidade estratégica permite construir cenários e prever oscilações antes que elas comprometam a operação.

IOF e remessas internacionais

Outro ponto sensível é o IOF sobre remessas ao exterior. Desde 2024, a alíquota padrão para transferências de valores ao exterior permanece em 0,38%, mas há discussões sobre aumento em serviços, que podem chegar a 6,38%. Isso afeta diretamente startups que contratam plataformas globais, desenvolvedores, consultores e softwares pagos em dólar.

Além disso, o Brasil se comprometeu com a OCDE a reduzir gradualmente o IOF cambial até 2029, o que traz oportunidades, mas também transições incertas. A Receita Federal acompanha de perto essas mudanças, e o empreendedor deve fazer o mesmo.

Tributação internacional: onde sua empresa será cobrada?

Ao prestar serviços para o exterior ou abrir operação fora do país, é preciso entender os acordos de bitributação e os regimes tributários de cada jurisdição. Países como Portugal, Estônia e Estados Unidos possuem regras diferentes sobre retenção de impostos, e a ausência de planejamento pode gerar custos duplicados ou multas.

É importante, por exemplo, saber se o imposto será recolhido no Brasil ou no país de destino, e como estruturar os contratos para garantir eficiência tributária. Nessa etapa, o suporte contábil faz toda a diferença.

Regimes tributários e natureza jurídica

Startups em fase de internacionalização também devem revisar seu enquadramento no Simples Nacional. Nem todas as receitas internacionais são compatíveis com esse regime, e a manutenção do modelo pode gerar incompatibilidades fiscais. A transição para Lucro Presumido ou Lucro Real, por exemplo, pode ser necessária para evitar riscos.

Além disso, a natureza jurídica da empresa deve ser avaliada. Em alguns casos, criar uma filial ou holding no exterior pode ser mais vantajoso do que manter toda a operação no Brasil. Tudo depende da estrutura de receita, dos mercados-alvo e da estratégia de crescimento.

Como se preparar para escalar com segurança

O caminho para a internacionalização é promissor, mas também exige disciplina contábil. Ter clareza sobre as regras, adaptar o planejamento tributário e monitorar o fluxo cambial são medidas fundamentais para escalar com segurança.

Na Simples Já, apoiamos startups em todo esse processo — do primeiro contrato internacional à estruturação fiscal da operação. Nosso acompanhamento consultivo ajuda a transformar expansão em estratégia, não em dor de cabeça.